terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Aveiro: Câmara cria plano de apoio às pessoas em dificuldade

Autarquia quer desenvolver um programa de acção destinado a apoiar os cidadãos e os agregados afectados pela crise.

A Câmara de Aveiro vai elaborar e implementar um plano de apoio às pessoas e famílias em situação de crise, apurou o Diário de Aveiro.
O vereador Miguel Capão Filipe, que tutela o pelouro dos Assuntos Sociais e Família na autarquia aveirense, confirmou a intenção de desenvolver um programa de acção destinado a apoiar os cidadãos e os agregados afectados pela crise, mas não quis ainda adiantar quais as medidas que serão adoptadas.

O autarca da maioria PSD/CDS disse que se trata de fornecer “respostas sociais” aos mais desfavorecidos, nomeadamente através do reforço de algumas medidas já existentes.
Uma das preocupações da Câmara, de acordo com Capão Filipe, é garantir o “acompanhamento permanente” das situações mais graves no concelho.

A situação social em Aveiro tem-se vindo a agravar. Ainda este mês, o presidente das Florinhas do Vouga, padre João Gonçalves, advertiu para o aumento acentuado do número de pessoas que recorrem aos serviços de apoio social da instituição particular de solidariedade. A cozinha social, que funciona no bairro de Santiago, é uma das valências mais procuradas, exemplificou.
O pároco adiantou que os utilizadores deste serviço se têm diversificado. “Não são só as pessoas que considerávamos pobres, desempregados, idosos… Hoje nota-se a presença de outro tipo de pessoas que nunca imaginaríamos que pudessem bater à nossa porta”. “É sinal de que a classe média está a ser atingida”, afirmou.

João Gonçalves realçou a “procura extraordinária” de alimentos e outros bens de primeira necessidade. Famílias inteiras com crianças são vistas a recorrer ao auxílio da instituição.

Rui Cunha

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Maria Augusta Montes é a nova líder do PND

Maria Augusta Montes é a nova líder e um dos seus objectivos é «levar alguma democracia à Madeira»

Porto, 31 Jan (Lusa) - A empresária Maria Augusta Montes foi hoje eleita presidente do Partido da Nova Democracia (PND) e afirmou que um dos seus objectivos é "levar alguma democracia à Madeira".

Com a devida vénia ao Expresso

Maria Augusta Montes, de Lisboa, acabou por concorrer sozinha à liderança do PND, uma vez que o advogado Franclim Ferreira retirou a candidatura, alegando "uma grande aproximação" de pontos de vista com a nova líder.

"Queremos acabar com aquela jardinagem antidemocrática", insistiu Maria Augusta Montes, referindo-se ao ambiente político que, em sua opinião, se vive na Madeira, governada PSD de Alberto João Jardim.

A dirigente, que sucede a Manuel Monteiro, acredita que o PND "vai melhorar a sua representação" na Madeira e em Portugal continental. As suas atenções viram-se para Braga, distrito pelo qual Manuel Monteiro vai procurar ser eleito deputado nas próximas eleições legislativas.

O anterior líder do PND é o rosto do chamado Movimento Missão Minho, que tem como objectivo "a eleição de deputados pelo círculo de Braga".

"Essa é, ou deve ser, no que ao distrito de Braga diz respeito, a prioridade da Nova Democracia", considera Manuel Monteiro na resolução que apresentou ao congresso do partido e que foi aprovada por maioria.

Monteiro pediu ao 4º Congresso do PND e aos cerca de 80 delegados presentes "um voto de inequívoca confiança" para a sua estratégia e para formar a lista eleitoral.

A ex-líder acrescentou que a candidatura assenta em "três princípios mínimos", que disse serem são "não- aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o combate ao aborto e o combate à corrupção".

Maria Augusta Montes diz que o Missão Minho "é um movimento de cidadãos de causas, do Portugal profundo, da aldeia e de um lugar de que se ouve falar de cinco em cinco anos, porque é bonito, jeitoso e fica bem na fotografia e que nós queremos colocar no mapa diário".

"Estou francamente convencida que vamos eleger Manuel Monteiro", afirmou a nova líder do PND, que disse ser essencial haver "uma voz diferente" na Assembleia da República.

Para além da Madeira e da forte aposta em Braga, "pessoalmente, gostaria de ver revitalizado Aveiro e Porto, onde já tivemos de facto uma representação", acrescentou a dirigente, que "até 2003, e desde 1974", fez parte do PSD.

"O PND pelo menos tem uma voz e talvez possa com uma representação parlamentar ter um dedo permanentemente esticado e apontado a determinadas pessoas e obrigá-las a discutir", concluiu.

Os delegados presentes no congresso, entretanto, aprovaram ainda a alteração do símbolo do PND, que era uma andorinha e passa a ser "um coração estilizado".

Segundo Manuel Monteiro, a andorinha tem "uma conotação abstracta e o coração é visto como "símbolo de muita coisa".

AYM.

Lusa/fim