A ex-primeira ministra, que ia disputar as eleições do próximo dia 8 de Janeiro, foi assassinada durante uma acção da campanha eleitoral.
Benazir Bhutto quando se preparava para entrar no carro, concluída mais uma acção de campanhaA líder da oposição paquistanesa, Benazir Bhuto, foi assassinada esta quinta-feira na sequência de um ataque suicida durante um comício do seu partido em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabade, a capital paquistanesa.
Segundo o Ministério do Interior paquistanês e elementos do seu partido, Benazir Bhutto, 54 anos, morreu às 18h16 locais (13h16 em Lisboa), vítima e ferimentos sofridos no pescoço e no peito quando entrava num automóvel.
"Pedimos repetidamente ao governo que providenciasse segurança adequada e equipamento adequado, mas não deram atenção aos nossos pedidos", disse o conselheiro de segurança do Partido do Povo Paquistanês (PPP), Reham Malik.
Segundo o relato dos acontecimentos feito por um apoiante do partido de Bhutto, Chaundry Mohammed Nazir, a ex-primeira-ministra tinha terminado seu discurso e saía do local do comício de automóvel quando aconteceu atentado.
"Ela tinha acabado de passar o portão quando se ouviram dois disparos, seguidos de uma forte explosão", disse este apoiante, citado pela Associated Press.
Benazir Bhutto foi imediatamente transportada para o hospital da cidade, o Rawalpindi General Hospital, e, segundo diversas fontes, chegou a entrar no bloco operatório, mas sucumbiu aos ferimentos.
Centenas de apoiantes da ex-primeira-ministra acorreram ao hospital e, ao saberem da morte de Benazir Bhutto, gritaram palavras de ordem contra actual presidente, Pervez Musharraf, e partiram os vidros da principal porta de entrada no estabelecimento.
Entretanto, o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, decretou três dias de luto nacional e, numa breve mensagem ao país, classificou a morte de Benazir Bhutto como "uma grande tragédia nacional" e pediu a todo o país que "não descanse enquanto não forem eliminados todos os terroristas".
A líder da oposição paquistanesa, que regressara ao Paquistão em Outubro após oito anos de exílio, preparava-se para disputar as eleições legislativas de 8 de Janeiro.
Há apenas dois meses, durante o comício de boas vindas em Carachi, Benazir Butho e a sua comitiva também sofreram um violento atentado , que matou 139 pessoas, tendo escapado à justa nessa ocasião.
Bhutto cumpriu dois mandatos como primeira-ministra do Paquistão entre 1988 e 1996 e tinha regressado a 18 de Outubro ao Paquistão após oito anos de exílio.
Com a devida vénia ao jornal Expresso

1 comentário:
Um bom final de 2007 e um bom ano de 2008 são os meus sinceros desejos para ti e teus familiares.
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