terça-feira, 28 de outubro de 2008

Portugueses acreditam na polícia mas não nos tribunais

Quase metade dos portugueses acham Portugal «razoavelmente seguro» e a maioria acredita nas forças de segurança, mas manifesta «pouco confiança» nos tribunais, revela um relatório do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT)

Jornal " SOL"

O estudo do organismo não-governamental, que vai ser apresentado quarta-feira, avalia a situação interna em matéria de segurança, tendo por base duas sondagens realizadas em Março e em Setembro.

A primeira abrangeu o Continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira com 1.525 inquiridos, enquanto a segunda consagrou 1.010 entrevistados em Portugal Continental.

Segundo o documento e tendo em conta a média das duas amostragens, cerca de 44 por cento dos inquiridos considerou Portugal «razoavelmente seguro», enquanto para 12 por cento é mesmo «muito seguro», apesar do sentimento de insegurança ter aumentado quatro por cento em seis meses.

À pergunta «Acha que Portugal é um país seguro?», 39 por cento dos inquiridos considerou o país «pouco seguro» em Março, percentagem que sobe para 43 por cento em Setembro, refere o documento.

Em Março, para 45 por cento dos portugueses, o país era «razoavelmente seguro», enquanto passado seis meses a percentagem desceu para 43 por cento.

Foi de Março a Setembro que o país conheceu um aumento da criminalidade, sobretudo nos meses de Verão.

O estudo indica, também, que 58,7 por cento acreditam na «eficácia» das forças de segurança, enquanto 41,3 por cento «não confia».

A sondagem realizada pelo OSCOT revela, igualmente, que metade dos inquiridos (52 por cento) afirmou conhecer as entidades que zelam pela segurança nacional, mas 48 por cento disse que desconhece quais as forças e serviços de segurança.

De acordo com o relatório, 58 por cento dos portugueses manifestaram «pouca confiança» nos tribunais, tendo mesmo 21 por cento revelado «nenhuma confiança».

Em contraponto, 13 por cento expressaram «muita confiança» na actuação da Justiça portuguesa e oito por cento não responderam ou emitiram qualquer posição.

O estudo do OSCOT mostra, igualmente, que «as grandes preocupações dos portugueses se encontram focadas sobretudo com a segurança física e patrimonial».

Na sondagem efectuada em Março, 11,1 por cento dos inquiridos consideraram o país «pouco seguro» relativamente ao crime contra o património, percentagem que aumentou para 15,3 por cento no inquérito de Setembro.

O estudo refere que a quase totalidade dos inquiridos (92,2 por cento na primeira e 90 na segunda sondagem) não admitiu a existência de práticas de terrorismo em Portugal, sublinhando que o país «é seguro».

Segundo o relatório do OSCOT, 88,3 por cento dos inquiridos apontaram, em Março, Portugal como um país seguro em matéria de crime organizado e de criminalidade económica, confiança que desceu 2,5 pontos percentuais na última amostra.

Quanto aos crimes sexuais, 77,7 por cento dos entrevistados consideraram o país «muito seguro» na primeira sondagem, valor que cai «significativamente» na segunda inquirição para os 64,3 por cento.

O OSCOT, organização presidida pelo general Garcia Leandro, é uma associação científica e cultural da sociedade civil sem fins lucrativos que tem como objectivo a investigação, o ensino, o debate e a divulgação das questões de segurança.

Lusa / SOL

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aveiro foi palco de revolta dos agricultores


Uma vez mais os agricultores saíram à rua.

Hoje em Aveiro um grupo de meio milhar de agricultores fizeram-se escutar em Aveiro.

Os agricultores que partiram de Ovar e percorreram a distância até Aveiro onde se fizeram escutar com a voz de indignação e o som das buzinas já cansadas de tantos lutar.

Chegada à Avenida Dr. Lourenço Peixinho o grupo de agricultores distribuíram leite pela população que ali se juntou.

Os agricultores reclamam o elevado preço das matérias-primas e os baixos preços no escoamento de produto, o dedo é apontado ao Governo e as suas mas politicas de agricultura e não poupam também a União Europeia.

O Vougario solidariamente esteve presente nesta luta ao qual registou algumas fotos que passa a publicar.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

PS ganha ao PSD , mas perde para abstenção

A analise que faço ao resultado das eleições dos açores, não é nada positiva.

O PS conseguiu mais uma vitoria nos Açores, mas desta vez o número de partidos políticos que lhe vão fazer frente na Assembleia Regional aumentou para seis.

Mas há uma coisa que me inquieta, o facto da vitoria do PS por 49.96% ser inferior ao valor percentual da abstenção que ficou nos 53.24%.

Analisando este resultados verificamos que os 19.69% que separou a vitória do PS do PSD não é assim tão confortável quando analisamos os elevados valores de abstenção, neste números está representado o desacreditar de muitas pessoas na politica, isso reflecte-se na imagem que se faz do estado da politica nacional.

Mas como não sou analista politico fica aqui apenas a minha analise sobre mais um acto eleitoral.

Deixo ficar os totais finais:


Inscritos: 192.956
Votantes: 90.221 (46,76%)
Abstenção: 102.735 (53,24%)
Brancos: 1.695 (1,88%)
Nulos: 760 (0,84%)


Mandatos:


PS - 30
PSD - 18
CDS-PP - 5
BE - 2
PCP-PEV - 1
PPM -1
MPT - 0
PDA - 0

Votos:


PS: 45.070 (49,96%)
PSD: 27.309 (30,27%)
CDS-PP 7.853 (8,70%)
B.E. 2.976 (3,30%)
PCP-PEV 2.831 (3,14%)
MPT 684 (0,76%)
PDA 619 (0,69%)
PPM 424 (0,47%)