
EXIGIMOS RESPEITO!
O novo Tratado Europeu deve ser referendado pelo respeito que os portugueses e a democracia merecem. Assine aqui e divulgue.
Assine aqui:
http://x09.eu
De olhos no mundo
85 visitas anónimas: planeamento familiar negado aos jovens.
Mais de metade dos serviços fecharam as portas aos jovens que procuravam planeamento familiar. Esta é a principal conclusão de um estudo da DECO, cujos resultados vêm publicados na edição de Junho da TESTE SAÚDE.A associação de consumidores pediu a jovens, entre os 15 e os 20 anos, para procurarem planeamento familiar em 85 estabelecimentos que deveriam fornecer estes serviços: centros de saúde, hospitais e delegações do Instituto Português da Juventude. Em 49, as utentes não passaram da recepção.Segundo a lei, os centros de saúde e hospitais com serviços de ginecologia devem ter consultas de planeamento familiar e facilitar o acesso aos jovens, seja qual for a sua área de residência. Mas, segundo a TESTE SAÚDE, há um grande abismo entre a teoria e a prática: a maioria dos centros de saúde impediu a entrada às jovens, por não estarem aí inscritas.Dos 49 serviços que recusaram o atendimento, 27 encaminharam as colaboradoras da associação de consumidores para o centro de saúde da sua área de residência, quando estas já tinham dito que não queriam fazê-lo, por falta de à vontade para tratar o tema com conhecidos. Em 10 casos, fecharam a porta sem dar alternativas. Nos restantes 12, as jovens foram encaminhadas para Centros de Atendimento a Jovens ou delegações do Instituto Português da Juventude.Quando conseguiram passar da entrada, as jovens foram quase sempre bem atendidas, obtendo a informação necessária sobre os métodos contraceptivos existentes. Das 36 “consultas” analisadas pela DECO, só 4 chumbaram. Nos centros de saúde Arnaldo Sampaio, de Leiria, e dos Olivais, em Lisboa, esqueceram-se de falar do preservativo e da sua importância na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. O Instituto Português da Juventude, de Leiria, e o Centro de Saúde da Alameda, de Lisboa, falharam, sobretudo, as questões sobre a saúde e a actividade sexual das utentes, importantes para recomendar o método mais adequado.Em 14 visitas, os profissionais não ofereceram métodos contraceptivos, na maioria, porque não os tinham.O estudo mostra ainda grandes assimetrias regionais. Nas grandes cidades, como Lisboa, Porto e Coimbra, os jovens conseguem aceder com relativa facilidade a informações e contraceptivos. Mas házonas, segundo a TESTE SAÚDE, como Évora, Viseu e Faro, onde os poucos serviços que existem vedaram a entrada a quem não pertence à sua área, sem dar alternativas.Face a estes resultados, a DECO considera que se está a perder uma oportunidade de ouro de formar os jovens na área da sexualidade. É indispensável que o Ministério da Saúde tome medidas, para reduzir a taxa de maternidade adolescente e prevenir as doenças sexualmente transmissíveis.Primeiro, segundo a associação de consumidores, é fundamental que garanta o cumprimento das boas regras existentes, tanto no acesso à consulta, como aos meios contraceptivos. As unidades de saúde não podem recusar planeamento familiar aos jovens não inscritos. O ministério tem obrigação de garantir as provisões de contraceptivos.Crucial é combater as assimetrias regionais. As Administrações Regionais de Saúde têm de intervir na organização e coordenação dos serviços, para proporcionar planeamento familiar a todos, nas condições de anonimato previstas na lei.Numa fase em que o sistema de saúde está em reestruturação, através da criação das Unidades de Saúde Familiar, a facilidade de acesso ao planeamento familiar não pode ser esquecida.A facilidade de acesso implica, ainda, maior divulgação das consultas e respectivos horários, por exemplo, nos sítios dos serviços e da Direcção-Geral da Saúde, na Internet.Dado que a saúde dos jovens está em risco, a DECO comunicou os resultados do estudo à Direcção-Geral da Saúde e à Inspecção-Geral de Saúde.
Publicado por:Teste Saúde n.º 67 - Junho/Julho de 2007 - páginas 9 a 1328.05.2007
Aveiro, Viseu, Castelo Branco, Bragança, Viana do Castelo e Braga são as melhores cidades para viver, enquanto Setúbal, Lisboa e Porto são as piores, segundo um inquérito da associação de defesa do consumidor (DECO).As respostas foram dadas por dois mil habitantes de 18 Capitais de distrito do continente, que indicaram os aspectos mais positivos e negativos das cidades onde vivem, publicados na edição de Junho e Agosto da revista Proteste.Além do emprego, a segurança e o combate à criminalidade, o acesso a cuidados de saúde e a habitação foram os factores que mais influenciaram a satisfação dos inquiridos com o local onde vivem.A habitação foi o aspecto mais positivo apontado, em especial pelos habitantes de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Faro, Leiria e Santarém, mas para os restantes o calor ou o frio de casa são a principal crítica.Quanto ao calor, as casas de Aveiro, Guarda e Viana do Castelo são as mais frescas, enquanto as de Castelo Branco, Évora, Lisboa e Portalegre aquecem demasiado quem lá mora.A segurança e o combate à criminalidade, que satisfazem os inquiridos de Bragança, Portalegre e Vila Real, são a maior preocupação dos Portugueses inquiridos.Quanto as câmaras, as respostas ao inquérito indicam que as maiores críticas vão para a falta de transparência e a baixa resposta às necessidades dos munícipes, sendo Lisboa a pior cidade.Os Lisboetas, em conjunto com os habitantes de Leiria e Setúbal, também se mostraram insatisfeitos com o funcionamento dos serviços municipais.No que respeita à saúde, regista-se criticas no acesso a bons cuidados, sendo apesar de tudo feita uma avaliação positiva.
(Notícia retirada do jornal AVEIRO 34)