quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mealhada: Demissão em bloco paralisou Urgências do Hospital

A direcção clínica do Hospital da Mealhada demitiu-se em bloco. “Gestão ruinosa e desgoverno”, acusam os clínicos, que paralisaram o serviço de Urgência

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A decisão tomada, e a forma como foi tomada, apanhou de surpresa os responsáveis da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, entidade gestora do Hospital da Mealhada. Anteontem à noite, Luís Teixeira, director clínico daquela unidade, acompanhado do director-adjunto, Adriano Rodrigues, do directo técnico e do representante dos clínicos do serviço de Urgência, anunciaram a sua demissão, atribuindo responsabilidades deste acto aos “sucessivos erros de gestão”, à “gestão ruinosa” e às “interferências”, considerando mesmo que, em alguns casos, podem estar em risco os doentes.
A decisão tomada paralisou, desde logo, as Urgências do Hospital e terá representado a saída de cerca de 80 por cento dos profissionais clínicos da unidade hospitalar.
Dizendo-se “triste, cansado e desiludido”, Luís Teixeira referiu que o hospital “não é nenhum quiosque”, apontando “sucessivos erros de gestão” e de “intromissão” na área clínica, dando como exemplos os “filtros do bloco operatório, que deveriam ser mudados com regularidade” ou “o tanque de água que tem limos”. O sistema informático “contestado por todos e cujas informações podem ser apagadas” ou a “ausência de uma estratégia de compras” foram algumas das muitas falhas apontadas pelo director clínico demissionário, que acrescentou ainda existirem “demasiados laços familiares” entre as pessoas que trabalham no hospital.
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António Jorge Pires

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