quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Madeleine: Pais "furiosos" com notícias da imprensa portuguesa - jornais britânicos


8 de Agosto de 2007, 11:03

Londres, 08 Ago (Lusa) - Os pais de Madeleine estão "furiosos" com as notícias veiculadas pela imprensa portuguesa de que a filha pode ter sido morta no apartamento e de que eles poderão ser suspeitos, revelam hoje os jornais britânicos.
De acordo com o tablóide "The Sun", Gerry e Kate estão "em privado, furiosos por alguns jornais portugueses terem insinuado que eles ou os seus companheiros de férias no complexo de férias da Praia da Luz possam estar por detrás do desaparecimento da criança em Maio".
Gerry foi descrito ao "Daily Mail" como estando a "tremer de raiva" antes da entrevista que o casal deu às televisões britânicas na terça-feira à tarde, e onde reiterou a convicção de que a filha foi retirada do apartamento com vida.
"Kate e eu acreditamos fortemente que Madeleine estava viva quando foi levada do apartamento. Obviamente, o que não sabemos é o que aconteceu depois, quem a levou e por que motivo", afirmou o médico aos jornalistas.
A entrevista seguiu-se a notícias na imprensa portuguesa de que os vestígios de sangue encontrados no quarto de onde a criança desapareceu há três meses poderiam confirmar a tese de que ela teria sido morta no local.
Uma fonte anónima "ligada ao processo" terá dito ao Diário de Notícias que "as suspeitas que sempre recaíram sobre os pais de Maddie" ganharam força nos últimos dias.
"Kate e Gerry estão conscientes do que estas notícias estão a insinuar, que eles - deliberadamente ou por acidente - mataram a Madeleine, ou que foi um dos seus amigos próximos", comentou fonte próxima da família à imprensa britânica.
"Gerry está absolutamente lívido com tudo isto", acrescentou a mesma fonte.
Entretanto, o diário "The Guardian" adianta que uma porção do sangue encontrado na parede do apartamento deverá chegar hoje ao laboratório dos serviços científicos forenses britânicos, em Birmingham.
Caso consigam obter uma amostra de DNA do sangue, esta será comparada com o DNA de Madeleine, mas também com os perfis genéticos existentes na base de dados detida pelo Reino Unido, sublinha o jornal.
A base de dados genéticos britânica possui amostras de DNA de pessoas detidas por ofensas criminais passíveis de serem inscritas no cadastro, tendo em 2005 alcançado os 3,5 milhões, segundo dados oficiais.
Contactada pela Lusa, a polícia britânica não confirmou nem desmentiu que os vestígios de sangue tenham sido enviados para análise no Reino Unido.
BM.
Lusa/fim
Notícia retirada do SAPO ONLINE no dia 8/8/2007

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