quinta-feira, 9 de agosto de 2007





O poeta é um fingidor.


Finge tão completamente


Que chega a fingir que é dorA dor


que deveras sente.




E os que lêem o que escreve,


Na dor lida sentem bem,


Não as duas que ele teve,


Mas só a que eles não têm.




E assim nas calhas de rodaGira,


a entreter a razão,


Esse comboio de corda


Que se chama coração.







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