quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Alberto João Jardim corta verbas para imprensa do continente

Funchal - O Governo Regional da Madeira decidiu «deixar de gastar dinheiro com a imprensa do continente». Segundo Alberto João Jardim, trata-se de «uma das medidas saudáveis que foram tomadas na administração pública regional, face ao garrote financeiro partidário, imposto pelos socialistas a partir de Lisboa», avança a edição online do Publico.

Com a devida vénia ao jornal Digital



A medida foi anunciada por Alberto João Jardim em post-scriptum num artigo publicado no Jornal da Madeira.

João jardim proíbe a assinatura da «imprensa do continente», porque «é dinheiro mal gasto», mas abre duas «excepções: O Diabo, por motivo de solidariedade editorial, e o Expresso, por ser o resumo semanal dos principais disparates do rectângulo».

O Governo da Madeira está a ser investigado pela Procuradoria da República pelo pagamento ao semanário O Diabo de «publicidade que não existiu».

O Tribunal de Contas apurou que o executivo de Jardim gastou em 2005 quase cinco milhões de euros com o Jornal da Madeira, 74,9 por cento do total de fluxos financeiros (6,1 milhões de euros) concedidos naquele ano pela administração pública regional a órgãos de comunicação social.

Conforme adianta o Publico este contrato, de que o grupo de rádios propriedade do secretário-geral do PSD-M, Jaime Ramos, é o maior beneficiário, obriga, de acordo com a Resolução n.º 719/93, aquelas emissoras a «incluir na sua programação diária material publicitário da região»; a «publicitar informações e esclarecimentos sobre actos normativos mais relevantes oriundos da Assembleia Legislativa e do Governo Regional»; a «realizar programas sectoriais com a participação de técnicos e membros do Governo Regional»; e a promover a «realização de entrevistas com membros do Governo Regional».

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