quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Benazir Bhuto morre em atentado

A ex-primeira ministra, que ia disputar as eleições do próximo dia 8 de Janeiro, foi assassinada durante uma acção da campanha eleitoral.

Benazir Bhutto quando se preparava para entrar no carro, concluída mais uma acção de campanha
A líder da oposição paquistanesa, Benazir Bhuto, foi assassinada esta quinta-feira na sequência de um ataque suicida durante um comício do seu partido em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabade, a capital paquistanesa.

Segundo o Ministério do Interior paquistanês e elementos do seu partido, Benazir Bhutto, 54 anos, morreu às 18h16 locais (13h16 em Lisboa), vítima e ferimentos sofridos no pescoço e no peito quando entrava num automóvel.

"Pedimos repetidamente ao governo que providenciasse segurança adequada e equipamento adequado, mas não deram atenção aos nossos pedidos", disse o conselheiro de segurança do Partido do Povo Paquistanês (PPP), Reham Malik.

Segundo o relato dos acontecimentos feito por um apoiante do partido de Bhutto, Chaundry Mohammed Nazir, a ex-primeira-ministra tinha terminado seu discurso e saía do local do comício de automóvel quando aconteceu atentado.

"Ela tinha acabado de passar o portão quando se ouviram dois disparos, seguidos de uma forte explosão", disse este apoiante, citado pela Associated Press.

Benazir Bhutto foi imediatamente transportada para o hospital da cidade, o Rawalpindi General Hospital, e, segundo diversas fontes, chegou a entrar no bloco operatório, mas sucumbiu aos ferimentos.

Centenas de apoiantes da ex-primeira-ministra acorreram ao hospital e, ao saberem da morte de Benazir Bhutto, gritaram palavras de ordem contra actual presidente, Pervez Musharraf, e partiram os vidros da principal porta de entrada no estabelecimento.

Entretanto, o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, decretou três dias de luto nacional e, numa breve mensagem ao país, classificou a morte de Benazir Bhutto como "uma grande tragédia nacional" e pediu a todo o país que "não descanse enquanto não forem eliminados todos os terroristas".

A líder da oposição paquistanesa, que regressara ao Paquistão em Outubro após oito anos de exílio, preparava-se para disputar as eleições legislativas de 8 de Janeiro.

Há apenas dois meses, durante o comício de boas vindas em Carachi, Benazir Butho e a sua comitiva também sofreram um violento atentado , que matou 139 pessoas, tendo escapado à justa nessa ocasião.

Bhutto cumpriu dois mandatos como primeira-ministra do Paquistão entre 1988 e 1996 e tinha regressado a 18 de Outubro ao Paquistão após oito anos de exílio.
Com a devida vénia ao jornal Expresso

1 comentário:

david santos disse...

Um bom final de 2007 e um bom ano de 2008 são os meus sinceros desejos para ti e teus familiares.